quinta-feira, 12 de maio de 2011

Resumo do texto “Fios do Inesperado e da Resistência...”: Negros, índios, mestiços e mulheres em Sergipe no século XIX

Disciplina: TEMAS DE HISTORIA DE SERGIPE II
Professor: Antônio Lindvaldo Sousa
Graduando: Karla Jamylle Souza Santos


Resumo do texto “Fios do Inesperado e da Resistência...”: Negros, índios, mestiços e mulheres em Sergipe no século XIX.

A partir da leitura do texto “Fios do Inesperado e da Resistência...”: Negros, índios, mestiços e mulheres em Sergipe no século XIX. Foi possível constatar que a resistência de escravos negros em Sergipe data desde século XVII. Onde esses negros se refugiavam em pequenos redutos, denominados de Mocambos. Com o passar dos anos, a repressão contras esses escravos fugidos, se intensificaram. Tendo então, os escravos, que se manifestarem através de revoltas e guerrilhas urbanas.
Mas, será no período em que ocorreram as lutas, decorrentes da independência da província de Sergipe, em relação à Bahia, que as rebeliões de escravos eram ocorrer de forma mais freqüente. Essas rebeliões ocorreram de forma mais ativa em Rosário, Laranjeiras, Santo Amaro, Brejo Grande, Vila Nova, Maruim e Estância. Sendo, de suma importância, destacar a cidade de Laranjeiras, onde as tentativas de insurreições foram mais fortes, freqüentes, e principalmente mais organizadas. Esses escravos negros, se reunião em clubes secretos, para assim organizar, atentados, depredações, rebeliões e fugas para os chamados Mocambos (quilombos). Sendo a fuga, a melhor forma de livrarem-se da escravidão, e dos castigos.
Algo muito interessante, citado no texto, é a importância dos jornais, enquanto documento etnográfico, e como fonte histórica, em relação à existência de escravos negros em Sergipe. Pois nesses jornais, como é o caso do jornal Correio Sergipense no período de 1840 a 1866 eram públicos, centenas de anúncios em relação à fuga de escravos, onde esses escravos tinham, nesses anúncios, suas características físicas descritas, para facilitar a captura.
No texto, pode-se observar algumas características da dificuldade de se capturar os quilombolas sergipanos. Dentre elas pode-se destacar a divisão de pequenos grupos para a fuga, que assim facilitava essa fuga. Alam dessa divisão, esses quilombolas, contavam com a utilização de cavalos, que tornava a fuga mais rápida. Outro ponto positivo para uma melhor fuga era a localização nas matas. Onde dessas matas, ele saiam diretamente nas estradas, onde realizavam assaltos. I por fim pode-se sitar a existência de uma rede de informantes que auxiliavam os escravos, para o momento certo das fugas. Em Sergipe, o principal nome em relação às lutas pela liberdade dos escravos foi João Mulungu. Ele nasceu em Itabaiana, onde foi escravo do engenho Piedade, ate 1868, quando fugiu, e juntamente com outros escravos fugidos formou o primeiro reduto de escravos fugidos, o Rancho Bom Vista, em Capela.
São muitos os estudiosos das resistências escravas em Sergipe, em diferentes épocas, dentre eles podemos citar: Felisbelo Freire, Clóvis Moura, Maria Thétis Nunes, Luiz Mott, Lourival Santos, Maria Nely dos Santos, Sharyse Pinheiro do Amaral. Dentre outros.
Após a leitura desse texto, pode-se dizer que é de sua importância ter um conhecimento histórico em relação aos diferentes períodos da resistência dos escravos em Sergipe. Conhecendo a visão trazida pelos estudiosos. E servindo como motivação, para que os novos historiadores, como eu, tenham o interesse, de estudar e conhecer melhor esse tema. Contribuindo para a formação da historiografia sergipana.